Triste até à tarde e depois menos.
Feliz à noite, até me deitar.
E depois triste na manhã seguinte.
E toda a tarde, até me deitar.
Feliz quando acordo,
atordoado, sem saber como é que me sinto.
Triste quando não adormeço.
Mas feliz na manhã seguinte.
Com o ódio à felicidade que me engana e não me deixa fugir.
Feliz como um fósforo.
Triste a vida inteira, mas dado ao dia seguinte.
Miguel Torga (Creio...)
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