Sinto-me sem ar. Sinto o meu coração apertado, um nó na barriga, as pernas fracas, as mãos a tremer. Não consigo respirar. Estou nervosa. Tenho medo que desta vez não seja como das outras vezes. Tenho medo que alguma dessas vezes seja a última e isso deixa-me assim, como se estivessem a arrancar-me uma parte de mim.
No fundo é isso mesmo que acontece. De todas as vezes que penso em desistir de nós vai-se uma parte de mim, uma parte muito importante, e isso doi tanto. E no fundo, isto cansa.
Cansa sonhar acordada com coisas boas e depois ser acordada para uma violenta realidade onde nos obrigam a desistir daquilo que sonhamos, que nos dizem que nada daquilo vai ser alguma vez a sério.
Cansa acreditar no que não vai chegar.
E como eu me recuso a deixar de acreditar e de lutar pelo que quero tenho que continuar a levar com dores de estomago, noites mal dormidas, nos na barriga e falta de força, porque gostar de nós é aquilo que eu acredito, custe o que custar. E juntos que temos que estar.
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