sexta-feira, 27 de julho de 2012

não adianta porque é sempre assim

Porquê que eu não posso fazer magia e entender o que vai na cabeça das pessoas? Tenho sempre que adivinhar e deixar que a sorte decida o que acontece a seguir. Não chega a ser cansativo, depois de algum tempo?
É, chega. Mas não se pode fazer nada. Nem eu, nem o mundo. Não há magia. Há sortes, azares e destinos, e só me cabe esperar que o tempo decida para que lado vou, o que vou fazer. Porquê? Não sei, mas há de sempre ser assim. 
Eu acho que as pessoas deviam poder mandar no coração. Escolher o que sentir, e só sentir no momento certo. Assim já não tinhamos que esperar e ter sorte! Porque no fundo é o que nos acontece: esperamos por alguma coisa, e como estamos dependentes de alguém, rezamos. Pedimos por tudo para o que queremos aconteça, para que corra tudo pela melhor maneira. Que não nos desiludam nem nos magoem outra vez, porque temos a certeza que não aguentamos mais uma desilusão. E as coisas acontecem. E se não nos preparamos logo de inicio para o pior, acabamos mesmo por sofrer outra desilusão. Que doi mais do que a anterior, porque é sempre assim. Todas as vezes que nos abrem uma ferida no coração, por mais rápido que ela cure, a próxima vai sempre doer mais, porque o nosso coração é molinho e não vai aguentar estas coisas para sempre. Por isso, tentamos sempre ir com cuidado, devagar e cheias de medo, e como não há principes encantados nem amores para sempre, somos automaticamente obrigados a, ao fim de algum tempo, sofrer outra desilusão. Por mais que não quisessemos, por mais que tenhamos lutado para isso não acontecer, por mais que nos tenham prometido o mundo: isso vai mesmo acontecer. Não importa o motivo, nem se ele é grande como o mundo ou pequeno como um grão de areia, isso vai mesmo acontecer. Não adianta achar que desta vez vai ser melhor, que confiamos cegamente em alguém e que sabemos que não nos vai magoar. Mas vai, pode ate ser sem intenção, mas vai. 
Até nós, aquele grupo de pessoas que pensa nos outros antes de pensarmos em nós magoamos alguém, sem querer. E não é preciso grande coisa. Ás vezes, e a maior parte das vezes, o que acontece é que recebemos uma resposta estúpida a uma mensagem, ou não recebemos mesmo, recebemos um olhar mais frio, uma palavra mais dura, uma atitude menos querida, e essas pequenas coisas chegam para abalar o nosso mundo. Chegam para por todo no chão, e virar tudo de pernas para o ar, e para nos fazer duvidar de tudo, de todos e de nós próprios. Chegam para pormos em causa o que sentimos por alguém e o que esse alguém sente por nós. E depois, como a matemática do coração não é uma ciência exacta começamos a perder a vontade, a paciência, e se continuamos constantemente a ver o mundo  a ser posto de pantanas por alguém que para nós significa o mundo, vamos começar a perder o amor. Porque por maior que seja o amor, ninguém quer viver de pernas para o ar a vida toda, não é verdade?
E perder o amor não é pêra doce. Afinal, no inicio era tudo bom e bonito. Houveram muitos momentos que nos fizeram felizes, que queremos guardar para sempre na nossa memória e que gostávamos de repetir. Haviam beijinhos, mão dadas e gargalhadas a todo o momento, havia uma vontade louca de se amar, quase como se não houvesse amanhã. E perder toda essa magia não é fácil. Por isso é que eu acho que todos devíamos poder mandar no nosso coração, e poder ler a mente das pessoas. Assim sabíamos a sério quais são as intenções dos outros connosco, e só quando tivéssemos certezas é que deixávamos o nosso coração bater, acelerado e descontrolado, a transbordar de amor e sem a mínima possibilidade de tempos depois termos o nosso mundo todo arruinado, outra vez. 
E por achar que acredito de mais nas pessoas é que estou a escrever estas coisas. E por achar que confiei de mais em alguém é que não quero que nada disto aconteça. Não quero mais lágrimas, nem gritos, nem coisas que me magoam demasiado, porque tudo o que eu queria, quero e ei de continuar a querer é o nosso amor. É amar-te e que me ames, como sempre fizemos. Sem perder nada, nenhum amor, nenhuma magia, nenhum sentimento, nenhum minuto, nenhum sorriso. Afinal, o verdadeiro amor suporta tudo, não é?

disco


Gira o disco e toca o mesmo!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A melhor opção é ter calma. Respirar fundo. Fechar os olhos. Contar até dez. Abrir os olhos. E seguir em frente. Easy!

terça-feira, 24 de julho de 2012


Adoro de todo o coração fins-de-semana destes: de sol, calor, água, jantares, oliveira, musica, amigos, namorado. Adoro. Adoro mesmo. Sabe tão bem!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

pela milionesima vez

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a dizer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que o destino e as circunstâncias de encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.
Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.
Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."
Margarida Rebelo Pinto

quinta-feira, 19 de julho de 2012

quero

Tem estado uns belos dias de calor. Um óptimo tempo para apanhar sol, fazer praia e piscina, para namorar. Queria tudo de volta, tudo certinho e bom como era à uma semana atrás. Quero os smiles e os amores nas mensagens, quero as lutas na cama, quero os braços apertados, os beijos no pescoço, as mãos dadas e a minha cabeça no teu peito enquanto vemos televisão depois de jantar. Quero as horas intermináveis de risos, as conversas estupidas e inúteis. Quero que sintas a minha falta quando te deitas, que gostasses que estivesse ao teu lado quando acordasses. Quero de volta que não queiras que vá, que fique ao teu lado, que fique contigo. Quero o meu amor, a confiança, a vontade.
Quero que sintas a minha falta quando não estou contigo, da mesma forma que eu sinto a tua quando não estás comigo. "Ser feliz dá trabalho, mas vale a pena!" não vale?

segunda-feira, 2 de julho de 2012